Tudo foi preparado e adaptado para receber os cães e seus donos com muito conforto. Ao chegar, o dono do bicho recebia um porta-saquinhos plásticos para recolher a sujeira, caso seu cachorro resolvesse se aliviar no saguão. Uma simpática recepcionista perguntava: "É menino ou menina?", para, então, entregar o porta-saquinhos numa cor que combinasse com o sexo do cão: rosa ou azul.
Um esquema de limpeza especial foi montado para dar conta do xixi que se espalhou pelo chão assim que machos e fêmeas de yorkshire, maltês, spitz alemão e vira-latas, entre outros, começaram a se reunir na sala de espera. "Montei uma equipe de limpeza com mais ou menos oito pessoas", afirma Federici. Potes de água para os cães foram espalhados pelos cantos, e outra recepcionista distribuía biscoitos caninos.
Enquanto esperavam o início do espetáculo, que atrasou 20 minutos, os cães se cheiravam e tentavam brincar no espaço reduzido. "Eu amo teatro, por isso estou aqui. Quero que ele conheça o universo que eu amo", comentou a psicóloga Miriam Facuri, que levou o poodle Puppy, 11 anos, para conferir o espetáculo. Acompanhado pela cocker spaniel Nina, 9 anos, o analista de sistemas René Zielgelmair, observava a confusão. "Em São Paulo, faltam opções de diversão para quem tem cachorro", disse.
Quando soou o terceiro sinal para o início da peça, donos e cães já se acomodavam nos assentos protegidos com sacos plásticos. Os cachorros maiores ocuparam poltronas ao lado de seus donos e os menores ficaram no colo. Atraída pelas luzes, música e movimento dos atores, a cachorrada se comportou e manteve os olhos no palco durante os 20 minutos da apresentação. Estimulados pelos aplausos do restante da plateia, os bichos latiam no final de cada número. "Bark!" fica em cartaz até 27 de junho, com apresentações de quinta a domingo, com 1h20 de duração. Mas sem cachorros. A sessão especial para os cães não tem previsão de se repetir.
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