Uma explicação para o aumento de animais expostos acidentalmente ao xilitol, de acordo com Mindy Bough, vice-presidente do APCC, seria sua maior oferta no mercado. “O xilitol parece ser cada vez mais popular nos produtos alimentares, porque é um substituto do açúcar, útil para os diabéticos e também diminui o desenvolvimento de cáries em humanos”.
Segundo o dr. Eric Dunayer, toxicologista sênior do APCC, cães que ingerem alimentos adoçados com xilitol podem desenvolver uma queda brusca de açúcar no sangue, resultando em depressão, perda de coordenação e convulsões. “Estes sinais podem se desenvolver muito rapidamente, às vezes, menos de 30 minutos após a ingestão do produto. Portanto, é crucial que os tutores procurem tratamento veterinário imediatamente”. Eric também diz que parece haver uma forte ligação entre ingestão de xilitol e o desenvolvimento de insuficiência hepática em cães.
Enquanto se pensava que só as grandes concentrações de xilitol poderiam resultar em problemas, pequenas quantidades também são preocupantes. “De acordo com o dr. Dunayer, é preciso ter atenção, principalmente, com produtos que contenham o xilitol como um dos principais ingredientes. “No entanto, temos começado a ver problemas causados pela ingestão de produtos com menor quantidade do adoçante também”.
Eric alerta ainda que, com menores concentrações de xilitol, o início dos sinais clínicos pode ser adiado até 12 horas após a ingestão. “Portanto, é importante lembrar que mesmo que o animal não desenvolva sinais de imediato, isso não significa que os problemas não irão aparecer no futuro”.
Para finalizar, a ASPCA adverte os tutores de companheiros de estimação para serem especialmente cuidadosos e deixarem doces, chicletes ou outros alimentos que contenham xilitol fora do alcance dos bichinhos. E como acontece com qualquer substância tóxica, o animal que sofre exposição acidental deve ser levado imediatamente ao veterinário.
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