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quarta-feira, 14 de abril de 2010

CARRAPATOS


A infestação de carrapatos no cão, além de provocar um incômodo muito grande no animal pela coceira que provoca (reação alérgica), pode causar anemia e transmitir doenças como Babesiose e Erlichiose. A anemia no cão pode ocorrer nas grandes infestações, uma vez que o carrapato se alimenta do sangue do animal. Mas não é necessária uma grande quantidade de carrapatos para que a Babesiose ou a Anaplasmose sejam transmitidas.

Às vezes um ou dois carrapatos que estejam carregando formas infectantes dos protozoários causadores dessas enfermidades são bastante para que o cão contraia uma dessas doenças.

Assim o controle do carrapato deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntivas) palidas em cães que costumam ter carrapatos, é motivo de uma visita ao veterinário e um exame de sangue, para detecção da Babesia ou Erlichia. Elas são tratáveis quando diagnosticadas a tempo.

Infelizmente, não há nenhum esquema de tratamento preventivo. Se o cão frequenta áreas infestadas por carrapatos, ele certamente irá pegá-los. Regiões com vegetações, em sítios ou fazendas são os lugares mais comuns. Porém, existem muitos casos de pessoas que tem problemas de carrapatos em seus quintais ou canis e até em apartamentos. Às vezes num passeio a uma praça ou parque o cão pode se infestar.

O carrapato em todos os seus estágios de vida (desde a larva até adulto) é muito resistente. Combater o carrapato é difícil. Você pode eliminá-lo facilmente com banhos carrapaticidas, porém, o inimigo que você não vê, ou seja, os ovos e larvas estão no ambiente, e neles sobrevivem durante meses.
Um outro detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas nas paredes e piso. Dessa forma todos esses lugares têm que ser tratados e não somente os cães. Quem tem na vizinhança terrenos com mato, criação de animais como cavalos e gado, pode sofrer com os carrapatos, pois esses parasitas são capazes de escalar altos muros em busca de alimento.

Um combate eficaz ao carrapato inclui:

No animal:
  • Banhos carrapaticidas. Quando a infestação é grande, repetir os banhos a cada 15 dias.
  • animais de pelos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e a umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente muito.
  • produtos carrapaticidas de longa duração em gotas para aplicação local ou spray.
No ambiente:
  • Uso de carrapaticidas nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros antentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. Repetir a cada 15 dias.
  • Em canis de alvenaria, o uso da "vassoura de fogo" é muito eficaz. O calor irá destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias; um opção caseira são aparelhos com jatos de vapor d'água quente.
  • se possível fechar todas a frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais assim como no piso;
  • mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações, para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser eficaz.
Importante:
  • Filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com produtos carrapaticidas;
  • consulte o veterinário antes de usar qualquer produto;
  • banhos carrapaticidas devem ser dados com cuidado e não permitir ao animal lamber o produto durante o banho, a ingestão pode causar intoxicação grave.
  • animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados.
  • Retire os animais do ambiente que irá receber o tratamento contra carrapatos até que o produto usado seque completamente.
O combate ao carrapato deve ser intensivo e durante um longo período de tempo. Nos meses mais quentes, as infestações podem voltar e os cuidados devem ser redobrados. Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante.

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